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Anticorrosivo, versátil e com aspecto enferrujado. Essas são algumas características do material “queridinho” dos arquitetos brasileiros – o aço patinável, mais conhecido como aço corten.
Esse material oxida naturalmente e, por conter elementos como cobre, fósforo, níquel e cromo em sua composição, propicia a formação de uma camada de óxido de cor avermelhada aderente e protetora, denominada pátina, que garante ao aço corten três vezes mais resistência à corrosão, se comparado ao aço comum. Por isso, o produto também é altamente duradouro e exige baixa manutenção, além de não impedir a pintura em outras cores.
De acordo com Lilian Glayna, arquiteta do escritório 1:1 arquitetura:design, o aço corten deve ser usado com respeito. “Ele traz uma história em sua essência, porque é feito à mão e envelhecido no tempo. Pode ser empregado quando há a necessidade de destacar algum elemento ou de criar uma referência industrial, devido à sua aparência rústica, semelhante às fábricas”, pondera.
Segundo Lilian, além das características técnicas e de estética, é impossível não citar a capacidade de personalização do material. O aço corten pode aparecer como uma mesa, cadeira, porta e revestimento de parede. Pode até mesmo servir de matéria-prima para a criação de um objeto de arte, escultura ou um piso de mezanino, por exemplo. “Ele pode ser usado em espaços internos e externos, em grandes superfícies ou pequenos detalhes, no design arquitetônico industrial ou no poético design de produto”, ressalta a arquiteta, enfatizando a versatilidade do material.
Para resumir, a arquiteta cita um trecho da tríade vitruviana, ‘firmitas, utilitas & venustas’, que apresenta os três elementos fundamentais da arquitetura: carácter construtivo, utilitarismo e estética. “Nesta citação, o autor resume a arquitetura falando sobre a tecnologia, a função do espaço, a beleza e arte. O aço corten, curiosamente, tem um pouco dos três elementos, sendo por definição firmitas, que se refere ao caráter construtivo”, finaliza.